segunda-feira, 2 de maio de 2011

Almas Perfumadas
Carlos Drummond de Andrade

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.

Ao lado delas, a gente se sente
no balanço de uma rede
que dança gostoso numa tarde grande,
sem relógio e sem agenda.

Ao lado delas, a gente se sente
comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce
da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade,
mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água
é quente e o céu é azul.

Ao lado delas, a gente sabe
que os anjos existem e
que alguns são invisíveis.

Ao lado delas, a gente
se sente chegando em casa
e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o
gozo de quem não liga pra isso.

Ao lado delas, pode ser abril, mas parece
manhã de Natal do tempo em que
a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas
que Deus acendeu no céu e daquelas
que conseguimos acender na Terra.

Ao lado delas, a gente não acha que
o amor é possível, a gente tem certeza.

Ao lado delas, a gente se sente
visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.

Ao lado delas, saboreamos a delícia
do toque suave que sua presença sopra
no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.

Ao lado delas, a gente percebe que
a sensualidade é um perfume
que vem de dentro e
que a atração que realmente nos move
não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.

Ao lado delas, a gente lembra que no
instante em que rimos, Deus está conosco,
juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.

CRESCEMOS NA ALMA MAS SOMOS FRÁGEIS NO AMOR...

terça-feira, 26 de abril de 2011

9 Frases pra você gravar na memória!!!

Nunca  se  esqueça  de  Deus
1 -
'Deus não escolhe
pessoas capacitadas, Ele capacita os escolhidos.'

2 -
'Um com Deus é
maioria.'

3 -
'Devemos orar
sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que  possamos ouvir a Deus.'

4 -
'Nada está fora
do alcance da oração, exceto o que está fora
da vontade de Deus.'

5 -
'O mais importante
não é encontrar a pessoa certa, e sim ser
a pessoa certa.'

6 -
'Moisés gastou:
40 anos pensando que era alguém; 40 anos
aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus
pode fazer com um NINGUÉM.'

7 -
'A fé ri das impossibilidades.'

8 -
'Não confunda
a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS.

- 
'Não diga a DEUS
que você tem um grande problema. Mas diga ao problema que você tem um grande DEUS.'

quinta-feira, 10 de março de 2011

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, fazer poucas perguntas, captar a resposta sem insinuações inoportunas.
Chique mesmo é parar na faixa de pedestre
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa de casa, ou do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra,
ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.
Porque, no final das contas, chique mesmo é paz de espírito, amor, perdão, humildade, generosidade... sabedoria. Onde tiver amor e fé, a vida se torna mais humana.
(Gloria Kalil)

terça-feira, 8 de março de 2011

   
SIM, A MULHER PODE!
Gerar vida,
Sonhar grande,
Ocupar espaços,
Conquistar respeito,
Decidir seu destino,
Melhorar o mundo,
Dirigir Nações.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER
8 DE MARÇO

quinta-feira, 3 de março de 2011

Simplicidade

Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia
Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso
Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria
Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia
                                                                                                                            Pato Fu

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Antes que elas cresçam


Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

É que as crianças  crescem. Independentes de nós, como árvores, tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.

Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente.

Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde e como andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.

Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração.

Pois ali estamos, depois do primeiro e do segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascensão, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, vendo como redigimos nossas teses e nos doutoramos nos nossos erros.

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

Longe já vai o momento em que o primeiro mênstruo foi recebido como um impacto de rosas vermelhas. Não mais as colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, da cultura francesa e inglesa. Saíram do banco de trás e passaram  para o volante de suas próprias vidas. Só nos resta   dizer “bonne route, bonne route”, como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha oferece o primeiro jantar no apartamento dela.

Deveríamos ter ido mais  vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir  sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de colagens, posteres e agendas coloridas de pilô. Não, não as levamos suficientemente ao maldito “drive-in”, ao Tablado para ver “Pluft”, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afeto.

No princípio  subiam a serra ou iam à casa de  praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e sanduíches infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo  com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio  dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos. Agora é hora de os pais na montanha  terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade daquelas pestes.

O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.

Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.


Affonso Romano de Sant'Anna

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Não há roupa, fantasia ou plástica que dê jeito quando, na alma...falta CLASSE!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

COISAS DA VIDA...

Já escondi um amor com medo de perdê - lo, Já perdi um amor por escondê - lo... Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo, Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. Já expulsei pessoas que amava de minha vida, Já me arrependi por isso...

Já passei noites chorando até pegar no sono, Já fui dormir tão feliz, Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos, Já descobri que eles não existem... Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram... Já passei horas na frente do espelho, tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,

Ao ponto de querer sumir... Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade E também me arrependi... Já fingi não dar importância a pessoas que amava, Para mais tarde chorar quieta em meu canto... Já sorri chorando lágrimas de tristeza, Já chorei de tanto rir... Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,

Já deixei de acreditar nas que realmente valiam... Já tive crises de riso quando não podia... Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros... Já fingi ser o que não sou para agradar uns, Já fingi ser o que não sou para desagradar outros... Já senti muita falta de alguém,

Mas nunca lhe disse... Já gritei quando deveria calar, Já calei quando deveria gritar... Já senti muita falta de alguém,
Mas nunca lhe disse... Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar... Já contei piadas e mais piadas sem graça, Apenas para ver um amigo mais feliz...
Já inventei histórias de final feliz Para dar esperança a quem precisava... Já sonhei demais, Ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro,

Hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"... Já caí inúmeras vezes Achando que não iria me reerguer, Já me reergui inúmeras vezes Achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria Apenas para não ligar para quem realmente queria... Já corri atrás de um carro, Por ele levar alguém que eu amava embora. Já chamei pela mãe no meio da noite Fugindo de um pesadelo, Mas ela não apareceu E foi um pesadelo maior ainda...

Já chamei pessoas próximas de "amigo" E descobri que não eram; Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim... Não me dêem formulas certas, Porque eu não espero acertar sempre...

Não me mostre o que esperam de mim, Porque vou seguir meu coração!... Não me façam ser o que eu não sou, Não me convidem a ser igual, Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade, Não sei viver de mentiras, Não sei voar com os pés no chão... Sou sempre eu mesma, Mas com certeza não serei a mesma para sempre...

Com o tempo aprendi que o que importa não é o que você tem na vida, mas QUEM você tem na vida...E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher....Gosto de cada um de vocês de um jeito especial e único....Beijos....

domingo, 16 de janeiro de 2011

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer,
só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega
com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade
de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando
encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em
nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade
de completar o que nos falta: a gente cresce através da
gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em
um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era
isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só
sendo indivíduos com personalidade própria é que
poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e
que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são
mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os
que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá
um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que
pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser
feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela
estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram
as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras
alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo
pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você
estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder
ser muito feliz e se apaixonar por alguém"

(John Lennon)

domingo, 9 de janeiro de 2011

DESEJOS.....


Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade